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Dois norte-americanos e um alemão ganham Nobel de Física por pesquisa sobre matéria

ESTOCOLMO -- O prêmio Nobel de Física de 2001 foi concedido nesta terça-feira a dois norte-americanos e um alemão pela descoberta de um novo estado de matéria que pode ajudar a fazer medições de alta precisão envolvendo distâncias e objetos minúsculos, anunciou a Real Academia de Ciências da Suécia.
Os norte-americanos Eric A. Cornell, de 39 anos, e Carl E. Wieman, de 50, e o alemão Wolfgang Ketterle, de 43, dividirão um pêmio de 934 mil dólares.
Cornell trabalha no JILA e no National Institute of Standards and Technology, em Boulder, no estado de Colorado. Wieman é companheiro de Cornell no JILA e também trabalha na Universidade de Colorado.
Já Ketterley é membro do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Os três pesquisadores foram escolhidos pela academia sueca por terem conseguido "a condensação de Bose-Einstein em gases diluídos de átomos alkali e por anteriores estudos fundamentais sobre as propriedades dos condensados", disse a academia sueca.
Sua descoberta do condensado de Bose-Einstein, um novo estado de matéria, possibilitará "aplicações revolucionárias em campos tais como a medição de precisão e a nanotecnologia", acrescentou a instituição.
A nanotecnologia promete abrir um universo de possibilidades, desde computadores que rivalizam com o cérebro no processamento, nas comunicações e na estocagem até motores moleculares, máquinas celulares e remédios voltados para células específicas.
Os cientistas acreditam que essa tecnologia leve a novos materiais que seriam mais fortes, mais leves e mais baratos, sendo utilizados por praticamente todo tipo de indústria: de energia, biotecnologia, computação e manufatura.
A academia sueca afirmou que mais de 20 grupos de cientistas estão realizando pesquisas nesse campo, mas acrescentou que os laureados "mantiveram sua liderança e muitos resultados interessantes foram apresentados".