KANDAHAR, Afeganistão (CNN) -- Dirigente do Talibã anunciaram nesta quarta-feira que o supremo líder religioso e político do regime, mulá Mohammed Omar, está a salvo, depois de um intenso bombardeio aéreo realizado pelos Estados Unidos contra um complexo de prédios a sudoeste de Kandahar.
Uma importante fonte do Pentágono havia declarado à CNN que a operação miltar foi realizada depois de os EUA receberem informações de que Omar poderia estar no local.
O ex-embaixador do Talibã no Paquistão, mulá Abdul Salam Zaeef, negou que Omar tivesse sido atingido e reiterou que Osama bin Laden, acusado pelos EUA de estar por trás dos atentados de setembro, não está em território sob controle do regime e que seu paradeiro é desconhecido.
Na terça-feira, o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, havia declarado que a aviação tinha bombardeado um "complexo da liderança", mas não entrou em detalhes, limitando-se a dizer que os EUA estão avaliando os resultados da operação.
Forças dos EUA que tentam capturar Osama bin Laden e seus aliados estão se concentrando em duas áreas do Afeganistão que ainda não estão sob controle da oposição - Jalalabad e Kandahar.
O chefe do Comando Central norte-americano, general Tom Franks, afirmou que não poderia dar detalhes sobre a caçada.
Ainda nesta quarta-feira, autoridades norte-americanas disseram que um motim de prisioneiros de guerra num campo de Mazar-e-Sharif, no norte afegão, está praticamente sob controle, com combatentes da Aliança do Norte agindo em coordenação com forças especiais dos EUA e da Grã-Bretanha.
Cerca de 400 prisioneiros, em sua maioria combatentes não-afegãos que integravam as forças do Talibã, se rebelaram no fim da semana passada, depois de ter se rendido, e prometeram lutar até a morte.
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