Taty

DECIFRA-ME OU DEVORO-TE (parte I)

La estava ele, parado, bem diante dos meus olhos. A distancia era suficiente para nos manter afastados, porem minima para que eu pudesse sentir o calor de seu corpo.

Um calor infernal em Sao Paulo. O jornal dizia que seria o dia mais quente do ano e que a previsao era de um dia de ceu limpo e sem chuva. Fechei o jornal, levantei da cadeira da cozinha, abri a geladeira e enchi mais um copo com leite. Este tomado em pe... e eu cantarolando afinal, hoje era o grande dia.

Fui ao banheiro, displicentemente larguei a camiseta e calcinha no chao.. a cabeca girando.. o coracao apertado... Liguei o chuveiro... a agua caindo morna.... cada gota deslizando fazia com que a ansiedade aumentasse. O sabao escorrendo e sendo levado pela agua... corpo relaxado e espirito de renovacao.

Me sequei, coloquei a roupa escolhida a mais de uma semana. Peguei a bolsa, a chave do carro e fui direto para o lugar combinado.

Chegando la parei o carro. Ja pude ver mesmo que de longe q ele estava me esperando. Dois toques na buzina e ele me achou. Um misto de felicidade, medo, realizacao e pavor percorriam meu corpo, fazendo com que eu tivesse as maos tremulas e a pulsacao acelerada.

Seu sorriso era encantador. O cabelo cuidadosamente despenteado num tom casual. Os olhos brilhantes e enigmaticos me olhando direto, sem medo, sem receio, sem esconder seu proposito.

Entrou no carro... nao sei dizer ao certo se estavamos proximos ou distantes.... aqueles poucos centimetros pareciam metros... quilometros perto da minha vontade louca de sentir sua boca na minha... sua pele, seu calor... E nenhum som foi emitido... sequer um oi, uma risada mesmo que nervosa..... nada.... a unica coisa que senti foram seus dedos passando suavemente pelo meu cabelo... seus labios suavemente encontraram com os meus e um beijo ardente e caloroso foi crescendo e tomando conta de nos, dos sentidos, dos desejos... A unica certeza que poderia existir naquele momento e de que nada mais importava alem de nos, que o mundo se resumia no prazer e ficava claro que queriamos um ao outro. Era certo que toda a vergonha sucumbiria ao nosso prazer de estarmos juntos, de finalmente termos a possibilidade de realizar cada palavra ja dita.

2 comentários

Alito disse...

Ihhh, do jeito que descreveu ja gamou

Taty disse...

hehehe