Taty
WASHINGTON (CNN) -- Antes de dispararem os primeiros mísseis contra o Afeganistão, neste domingo os Estados Unidos rejeitaram uma proposta do regime Talibã para que Osama bin Laden fosse julgado no Afeganistão sob as leis islâmicas.
A oferta foi feita pelo embaixador dos talibãs no Paquistão, Abdul Salam Zaif, por meio de uma entrevista coletiva em Islamabad.
Zaif afirmou que o Talibã prenderia bin Laden e o julgaria se os Estados Unidos fizessem um pedido formal e apresentassem as provas ligando o milionário saudita, que vive há vários anos no Afeganistão, aos atentados de 11 de setembro contra Nova York e Washington.
"A América mostrou provas a outros países e nós não dissemos nada", expressou Zaif.
"Se os norte-americanos estão convencidos de que dispõem de provas sólidas, estamos prontos para julgá-lo no Afeganistão. Eles têm que mostrar as provas", acrescentou.
O presidente norte-americano George W. Bush, ao retornar de um fim de semana no retiro de Camp David e participar de uma homenagem aos bombeiros mortos no World Trade Center, ignorou as perguntas dos jornalistas sobre a última proposta dos talibãs.
Mas um funcionário da Casa Branca, pedindo anonimato, declarou: "O presidente já fez suas exigências. E essas exigências não estão sujeitas a negociação e é chegada a hora do Talibã agir".
No sábado, Bush reiterou que não negociaria a rendição de bin Laden e seus colaboradores, e mandou um alerta aos talibãs: "Seu tempo está se esgotando".